Idosos em perigo de morte – Navega-se à vista

Ago 8, 2021
Comunicado numero 15

A associação amigos da grande idade alerta para a situação actual da pandemia, semelhante à que passámos há meses atrás com infeção e morte de milhares de pessoas idosas.

Pode-se entender esta afirmação como especulativa, mas é esse o direito que temos quando a entidade reguladora do setor dos lares de idosos parece ter lavado as mãos do problema após a vacinação, deixando toda a responsabilidade entregue a uma direção geral da saúde que, desde o inicio da pandemia, demonstrou completo desconhecimento da institucionalização de pessoas idosas em Portugal.

O que leva a Associação a preocupar-se é simples de explicar e entender:

1. Como estão a ser monotorizados, acompanhados e vigiados os lares de idosos ilegais identificados pelas autoridades?
2. O que justifica a existência de novos surtos em lares de idosos?
3. Que apoios foram dados aos lares de idosos para reciclarem os seus colaboradores em termos de formação de modo a alterarem os seus comportamentos e desempenho?
4. Que estratégia existe para impedir novos surtos e novas situações dramáticas?

No fundo, a sonegação de informação impede o desenvolvimento de intervenções ajustadas por parte dos técnicos. Estes encontram-se completamente dependentes das informações que vão sendo dadas pela comunicação social e das inoportunas intervenções de meia dúzia de “achistas” que diariamente falam do que não sabem.

Tivemos recentemente um levantamento de restrições e contenções causado pela vacinação que, aparentemente, tranquilizou os lares de idosos que passaram alguns meses fora das notícias. Estas situação não foi devidamente acompanhada pelas autoridades que permitiram que cada um dos responsáveis de lares tomassem decisões conforme o seu entendimento da situação.

Depois, surgiu uma norma da DGS permitindo a saída de residentes dos lares sem necessidade de período de isolamento no regresso.

Finamente terminaram os testes periódicos aos trabalhadores de lares.

Tudo isto tornou-se uma mensagem clara de alivio total.

Agora aparecem 53 surtos em lares, mas ninguém explica as causas, permitindo a especulação e fazendo reinar a desorientação.

Porque razão há novos surtos?

Será da qualidade técnica das lideranças? Mau desempenho dos trabalhadores? Incumprimento de normas? Ou, por outro lado, ineficácia da vacina após determinado período? Há ou não necessidade de revacinar?

Nestas circunstâncias seria ajuizado centrar todas as preocupações nos lares de idosos porque, mesmo com sonegação de informação, por parte das autoridades, foram os lares os mais violentados com a pandemia e quer queiram, quer não, é certo que foram as pessoas idosas que mais faleceram ou arrastaram as consequências da infeção por mais tempo com elevados custos para o SNS.

Não seria acertado que as autoridades tivessem acompanhado os lares de idosos de maneira diferente?

A AAGI preocupa-se profundamente com a situação atual, desde que as autoridades responsáveis deram todos os sinais que tudo tinha já passado, terminando com todos os procedimentos de prevenção que tinham sido implementados.

Como no início da pandemia, estamos atrasados na intervenção nos lares de idosos e a entidade reguladora tem demonstrado algum desprezo pela situação dos lares.

Tambem no início a reação só aconteceu passado 2 meses.

Exigimos que a entidade reguladora dê mais importância aos lares e que a DGS seja mais cautelosa nas decisões e afirmações que faz. Exigimos, também, que a informação seja pública, pedagógica e eficaz e não fique restrita aos gabinetes ministeriais e às reuniões com as grandes corporações.

Não escondam a informação pois, sem ela não podemos trabalhar no terreno e impedir a morte de mais pessoas idosas.

Direcao AAGI

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DRAMATIZAR REGUENGOS OU A FORMA DE ESCONDER O GATO DEIXANDO O RABO DE FORA ?

Ago 9, 2020

Os lares de idosos em Portugal são vistos pela generalidade da população como o outro lado da vida onde ninguém deseja estar.

Carregados de estigma e preconceito, tornaram-se autênticos locais de espera da morte em condições indignas.

Esta é a opinião e a ideia da maioria da população portuguesa e, retirando uns poucos que fazem da sua vida profissional a luta diária contra essa opinião, não existe qualquer ação que altere a situação.
Podíamos analisar mais profundamente as razões desta situação, mas isso demoraria certamente muito tempo, para além de existirem poderes instituídos de grandes corporações que prefere manter a situação atual do que discuti-la e transformá-la.

A comunicação social que por vezes tenta colocar na primeira linha esta discussão, não vai também muito longe, deparando com uma cortina assente num modelo caritativo e assistencialista que custa a contrariar e que até é mal visto quando se põe em causa.

Reguengos de Monsaraz saltou para as primeiras páginas ao ter registado um numero significativo de pessoas idosas infetadas com COVID 19 e com um grau de letalidade, ainda longe da evidencia cientifica mas que tenderá a aumentar com o tempo e a atingir esse numero.

Mas Reguengos de Monsaraz só serve para mais uma vez escondermos o essencial.

Para além de encerrar um problema de luta política pessoal está a fazer crer que os problemas surgidos são específicos daquela situação, escondendo a realidade nacional que é bem pior e colocando de lado questões essências que a todos deviam preocupar.

A mediatização do caso de Reguengos parece ter a ver exclusivamente pelo envolvimento de médicos.

Médicos?

Lares de Idosos e médicos são incompatíveis. Nunca na legislação portuguesa houve uma referência à existência de médicos, sua presença e funções, sua responsabilidade e envolvimento, em lares de idosos. Confrontada com a situação pela Associação Amigos da Grande Idade, a Ordem dos Médicos respondeu-nos há alguns anos que esta ausência da presença de médico em lares de idosos era bem vista pela classe, pelo menos não os envolvia no pântano que são os cuidados a pessoas idosas em lares de idosos.

Mas Reguengos começa por aí, distraindo as pessoas: o ministério publico, profundo desconhecedor e de costas sempre voltadas para as denuncias sobre lares de idosos, manda a ordem dos médicos fazer um inquérito. Estamos com certeza a brincar. A brincar com coisas sérias e com a vida das pessoas.

Quantos médicos existem em Portugal conhecedores da realidade interna de um lar de Idosos? Quantos médicos tem autoridade para auditarem lares de idosos se só lá entraram quando algum dos seus familiares esteve institucionalizado?

É certo que os médicos vão aos lares de idosos. Mas quem lá trabalha sabe como esse trabalho é feito: uma vez por semana ou uma vez por mês, prescrição às cegas de medicação. Inexistência de quaisquer registos clínicos, certidões de óbito passadas à distância por internet e nenhuma ligação a outros serviços de saúde quando de internamentos hospitalares, consultas de rotina ou outros incidentes críticos.

Mas também sabemos que a ética médica nesta área vai mais longe. Não se coíbe de fazer umas horas a prescrever medicação nos lares ilegais, que sabem que são ilegais. É esta essencialmente a ação dos médicos nos lares de idosos no modelo que desenvolvemos.

Na situação concreta de Reguengos de Monsaraz a decisão dos superiores regionais foi enviar médicos para o lar… os resultados estão hoje à vista e ainda não fizemos as contas finais.

Desidratação e doenças crónicas descompensadas, tem sido o habitual durante anos e até ao presente, configurando as “normais” práticas criminosas de maus tratos que tem sido noticiadas frequentemente e denunciadas por entidades, associações e familiares dos idosos.

No relatório é citado que faltava tudo, desde gente para cuidar e de alguém responsável que informasse os médicos das doenças que tinham e que medicações tomavam.

Na maioria dos lares, quem administra a medicação sempre foram as auxiliares e é frequente serem as mesmas ou as responsáveis dos lares, juntamente com as diretoras técnicas da área do social que preparam a medicação, não havendo nenhum controlo na administração de psicotrópicos durante o período da noite, sendo administrado pelas mesmas, não sendo possível um adequado ajuste terapêutico visto não terem qualquer tipo de conhecimento dos efeitos secundários.

Quanto ao não haver registo clínico é outra das situações comuns em instituições desta natureza, pois sendo visto erradamente, como fazendo parte do social, as questões de saúde são frequentemente negligenciadas. O que a segurança social, erradamente exige, é a anotação pelas auxiliares no “livro de ocorrências”. Processo arcaico e completamente fora de contexto para a realidade dos lares. Sendo “suficiente” para a entidade fiscalizadora, visto os incumbidos pela segurança social que normalmente efetuam as “fiscalizações”, não são dotadas dos conhecimentos necessários para a identificação das situações que colocam em risco a vida dos idosos.

Referem também que na auditoria detetaram a falta de médicos e enfermeiros. Também não detetamos nenhuma anormalidade em relação a um grande número de instituições, sendo uma das atitudes economicistas das mesmas e um enorme desconhecimento sobre envelhecimento, podendo ser evitadas com uma fiscalização competente pelas entidades fiscalizadoras.

As entidades fiscalizadoras têm perfeitamente conhecimento de que existem instituições de todo o País que não tem enfermeiro permanente, sendo também uma das lacunas da lei arcaica, em que define os rácios dos colaboradores.

Também temos conhecimento de médicos contratados por outras instituições em situações muito mais graves do que aquela que é referida, em que recusaram visitar os residentes após terem conhecimento de estarem infetados. Há casos de direções de instituições que nunca compareceram, nem participaram nos planos de contingência nem em qualquer outro tipo de apoio aos residentes e colaboradores durante a pandemia. Simplesmente não apareceram nem contribuíram para melhorar as condições e corrigir a falta de condições. Incorrendo seguindo a lei num possível crime de abandono. Tendo a diretora da segurança social tido conhecimento atempado da situação.

É abordado que segundo a lei e após conhecimento da autoridade de saúde pública local do surgimento de um surto de covid-19, deve obrigatoriamente ser visitado pelos mesmos. O que de facto também não aconteceu por outros lados. Não se registando a presença de qualquer técnico da segurança social ou entidade local para verificar pessoalmente quais as condições e se as medidas estavam a ser cumpridas.

O que depreendemos desta auditoria, é que só a palavra de um médico, após a visita ao lar de Reguengos, é tida em consideração e detrimento de enfermeiros e demais técnicos, não valorizando queixas de familiares, que ao longo dos anos tem participado uma panóplia de casos por todo o território nacional no antes e durante a pandemia. Falta também uma tomada de posição em relação aos lares ilegais que abundam, sem registo do número de idosos e das condições em que são “albergados”.

De referir que situações desta natureza, tem sido alvo de variadíssimas denúncias de familiares e da nossa associação, sendo transmitidas pelos variadíssimos órgãos de comunicação social e em que recentemente foram apresentadas imagens de vídeo que demonstram as agressões barbaras que os idosos sofrem nas instituições e que originaram a morte dos mesmos. Não se verificou até a data nenhuma auditoria digna desse nome para determinar uma situação desta gravidade e tão frequente em várias instituições. 

O que lamentamos profundamente é que esta situação não sirva para colocar em causa o modelo de intervenção e toda a organização nacional dos cuidados e serviços destinados a pessoas idosas.

Concluímos que, após centenas de mortes evitáveis, tudo ficará na mesma justificado por um ou outro caso mediatizado em que a culpa é de todos e não é de ninguém.

Devíamos ser mais sérios: todos nós.

Os jornalistas colocando em causa a forma como institucionalizamos pessoas idosas, a legislação e os poderes de corporações que só respondem perante elas.

A segurança social que deveria refletir sobre a sua ação e que em nada tem contribuído para melhores cuidados e maior dignidade no envelhecimento.

O estado porque deveria finalmente legislar melhor copiando melhores exemplos de outros países e regularizando o que se faz nesta área sem compromissos com o sector social e preconceitos com o sector privado.

As ordens especialmente dos enfermeiros e dos médicos exigindo maior ética aos profissionais que representa não permitindo a sua ação desajustada e irresponsável nos lares de idosos e dando especial penalização a quem exerce a profissão em locais ilegais e sombrios.

As famílias que não devem continuar a temer represálias e tem a obrigação de denunciar as situações.

O ministério publico que deve levar mais a sério as denuncias que recebe de maus tratos e más práticas.

As provedorias de justiça e de defesa de idosos cujo papel é apenas fazer correr uma notícia anual nos órgãos de comunicação para nos lembrarmos que existem.

Os auditores que não se lembram de colocar como primeira justificação a incidentes do género de Reguengos de Monsaraz o não cumprimento da legislação que obriga a formação continua dos profissionais e que se perdem em problemas que estão a meio da pirâmide de maslow e não na sua base.

A Associação Amigos da Grande Idade advoga uma reflexão nacional e um programa de emergência (não mais um programa de emergência, mas um novo e renovado e inovador programa de emergência) para o envelhecimento em Portugal que inclua a analise profunda de:

1. Rede nacional de apoio ao envelhecimento que inclua cuidados de saúde primários, serviços de várias tipologias de permanência ou não para as pessoas idosas (centros de dia, cuidados domiciliários, cuidados continuados de longa duração, saúde mental, unidades de funcionalidade, lares de idosos e cuidados paliativos) e serviços hospitalares integrados, com liderança nacional e única.

2. Alteração do modelo de financiamento tornando equitativo e racional sem protecionismo a corporações e sem motivação para a disfuncionalidade.

3. Programa nacional de formação especifica para auxiliares, técnicos de diversas áreas, gestores, líderes de organizações.

4. Liderança regional e constituição de equipas regionais multidisciplinares.

5. Programa nacional de combate à ilegalidade e à exploração não licenciada de serviços.

As soluções existem, devendo apenas ser refletidas e discutidas. Mas há quem não queira sequer ouvir falar nelas, continuando com o discurso miserabilista da caridade e do assistencialismo.

A Associação Amigos da Grande Idade já sabe que poucos darão importância a esta comunicação o que nos prova que poucos se importam com o envelhecimento das pessoas mais queridas da família e com o seu próprio envelhecimento. É pena e lamentável, mas cada um fica com a sua consciência que continua a pactuar com a autênticas casas de morte que temos espalhadas por este país todo. O COVID 19 é só um alerta. O pior virá, com certeza.

Lisboa, 9 de Agosto de 2020
Direção da Associação Amigos da Grande Idade
Núcleo da AAGI Valpaços

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ASSOCIAÇÃO APOIA INSTITUIÇÕES E ENTIDADES

Jul 14, 2020

A Associação Amigos da Grande Idade percebendo a intranquilidade de muitos dos seus amigos e colaboradores directores técnicos e gestores de várias entidades no que respeita à falta de equipamentos de protecção individual e prevendo que a situação possa vir a agravar-se, conseguiu um acordo/parceria com empresa de importação que garante o fornecimento dos principais meios de protecção a valores inferiores aos praticados até agora no mercado.

No sentido de facilitarmos e beneficiarmos o sector do envelhecimento institucionalizado colocamos à disposição esses equipamentos com os custos que foram acordados com a Associação.

Enviamos listagem de material, destacando o valor de mascaras.

Os interessados em fazerem encomendas podem fazê-lo através do endereço electrónico da Associação, associacaoamigosdagrandeidade@gmail.com, ou pelos telefones 96 728 59 09 e 91 501 38 53, bastando indicar o nome (empresa ou individual), numero de contribuinte e morada e local de entrega se diferente de morada fiscal. O prazo de entrega será de 24 a 48 horas, qualquer que seja a encomenda.

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PONTO DA SITUAÇÃO

Abr 27, 2020

 

 

27 DE ABRIL 2020

 

 

1. Conforme afirmado há mais de um mês pela Associação Amigos da Grande Idade é grande prioridade do combate ao COVID 19 deveria ter-se centrado nos lares de Idosos. Não o foi e hoje deparamos com mais de 40% dos falecimentos ocorreram em lares de idosos. Esta percentagem tende em aumentar muito, podendo chegar-se a números que vão chocar toda a sociedade.

2. Como se percebe a estratégia para os lares de idosos é de grande desorientação, não se conseguindo um planeamento nacional com acções preventivas. A estratégia tem sido desenhada por resposta a ocorrências que vão surgindo, que se vão tornando evidentes e publicas através da comunicação social. Começou-se pelas tendas e pela dificuldade em definir quem devia ser transferido. Primeiro transferiram-se pessoas infectadas e depois, correctamente, pessoas não infectadas. Depois passámos aos testes. Iniciaram-se em zonas em que o COVID apresentava números menores (Alentejo e Algarve) e pelos residentes de lares. Agora e correctamente parece que se vão iniciar aos trabalhadores de lares, únicos agentes há quatro semanas para cá que, de facto, podem transmitir o vírus, dada proibição de visitas. Ainda mais recentemente lá vieram as preocupações com o confinamento e as visitas, ainda não havendo decisões sobre esse problema.

3. A desorientação é de facto muito grande e ainda que possa ser justificada em parte pelo inesperado da situação, não deve deixar-se de pedir responsabilidades a quem detém conhecimento total da situação e autoridade nacional para resolver problemas. Um dos exemplos é a última medida que envolve os centros de saúde e a sua potencial necessidade de intervirem nos lares. Ora a Associação propôs intervenção nos lares ilegais e não julga essencial a intervenção em lares licenciados que tem a obrigação de ter enfermeiro e que habitualmente tem médico (ainda que a legislação não obrigue a isso). Mas é do conhecimento de todos os técnicos de lares que os centros de saúde nunca estiveram vocacionados para esta intervenção, sendo mesmo difícil o seu apoio quando os lares o requisitam, escondendo-se em incapacidade de recursos humanos e em legislação apropriada. Ora agora à pressa e em mais uma acção de marketing vem dizer-nos que os centros de saúde vão intervir em lares. Mas que lares? Em que áreas?

4. Ficamos também admirados com a notícia da impossibilidade de enfermeiros do SNS acumularem funções em lares de Idosos e perguntamos; o SNS paga exclusividade aos enfermeiros? Então os mesmos não podem desenvolver a sua actividade paralela onde desejam através de recibo verde ou de outra forma de contratação? Podem os médicos? Ou será que tal notícia é para justificar as falhas das instituições sociais no que respeita à existência de enfermeiros sabendo-se que grande parte delas não cumpre os rácios que se encontram na legislação. Será que agora vão dizer que não os cumprem porque os enfermeiros são proibidos de trabalhar nas IPSS?. Já assistimos a justificações mais sérias e não entendemos este alerta nesta situação especial.

5. Há conclusões que já devem ser tiradas:

a) Necessidade urgente de análise e alteração significativa da legislação dos lares;
b) Repensar sobre a autoridade, coordenação, fiscalização e regulação dos lares integrando a área da saúde que deve complementar ou mesmo substituir a área social nos actuais lares com o modelo que tem e que dão resposta especialmente a pessoas doentes. Criar outras tipologias que dêem resposta a pessoas exclusivamente com problemas sociais ou de opção de vida colectiva,
c) Alertar modelo de comparticipação tratando lares sociais e lares privados de forma igual.
d) Alterar o modelo de intervenção previsto para os lares.
e) Integrar nesta análise e alteração a rede nacional de cuidados continuados que, como se está a verificar, foi completamente anulada neste processo COVID 19

6. E há preocupações que continuamos a manter e que continuam a ser esquecidas pelas entidades por falta de coragem e também de rigor. Trata-se dos lares não licenciados. Começamos a receber noticias, não confirmadas, nunca confirmadas, de mortes em lares não licenciados que passa, ao lado de qualquer registo ou controle. Existem cerca de 3000 lares não licenciados onde se encontram perto de 50.000 pessoas idosas. E nada se faz? As entidades oficiais dizem que desconhecem o que não é legal e defendem especialmente a segurança social que será confrontada com o facto de estes lares existirem sem que tenham intervido. No interior dos lares não licenciados vive-se um drama: não se expõem porque acabam com o seu negócio não licenciado, tem receio de sofrer represálias e vão escondendo a realidade.

7. A Associação reflecte: se a percentagem dos falecidos é tão elevada para os lares licenciados, não existindo registo de falecimentos em lares não licenciados, então será melhor passarmos a ter lares não licenciados. É, pelos vistos onde não morre ninguém. Mesmo sabendo que em quartos onde devem estar duas pessoas, estão seis, que não existem mais de uma ou duas auxiliares para cuidarem de 20 e 30 pessoas, incluindo fazer a alimentação e a limpeza do lar, que estas pessoas fazem as refeições nos cadeirões em cima umas das outras, que não existem quaisquer circuitos de lixos, de limpos e de sujos, que muitas vezes não tem enfermeiros durante semanas, que o estado de nutrição das pessoas passa por jantar de um pão com manteiga e uma caneca de leite com café, etc.

8. É pois fundamental a entrada nestes lares e a Associação propôs há muito tempo que esta intervenção deveria ser liderada pela autarquia local que constituía equipa de observação e depois de listar todos os lares nestas situações na sua região, visitava-os com autoridade policial e forçando entrada com justificação pelo estado de emergência, registando as pessoas que lá vivem, a sua situação, o numero de mortos já ocorrido e aplicando testes o mais rapidamente possível. Aqui justificava-se a intervenção dos centros de saúde de imediato, liderando as intervenções. Isto será salvar vidas que é o que necessitamos. As consequências logo serão tiradas. É urgente, é obrigatório, é uma responsabilidade nacional e todos seremos coniventes quando depararmos com mortes evitáveis nestas unidades.

A Associação não quer ter razão nem ficará feliz com isso. Mas tem alertado para várias situações que se veem a concretizar.

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COVID 19 – VISITAS DE FAMILIARES AOS LARES DE IDOSOS

Abr 22, 2020

PARA QUANDO A ALTERAÇÃO DA PROIBIÇÃO ?

A Associação Amigos da Grande Idade (www.associacaoamigosdagrandeidade,com) mantem grandes preocupações com a situação dos lares de idosos em Portugal, não podendo deixar de observar que as posições que foram sendo tomadas desde o início deste problema têm sido comprovadas no terreno e felizmente adoptadas pelos organismos e entidades nacionais.

Assumimos de imediato que esta pandemia ia penalizar especialmente as pessoas idosas e muito especificamente as institucionalizadas. Falámos em números de letalidade que felizmente não estão a ser provados mas continuamos a julgar que se não forem tomadas ainda algumas medidas podemos vir a chegar a esses números, que nos indicam letalidade de 50% das pessoas idosas institucionalizadas. Propusemos que fossem encontrados locais para transferência de pessoas idosas imediatamente, após sintomas de COVID, numa primeira fase, e na segunda fase transferência de pessoas que não estivessem infectadas mantendo as pessoas infectadas nos locais onde estavam que já eram locais infectados. Alguns casos pontuais tomaram essa feliz decisão, noutros ainda andamos a deslocar pessoas infectadas deixando para trás outras pessoas nos locais onde as primeiras infectaram. Está errado e vamos pagar as consequências desse erro.

Batemo-nos pela intervenção de técnicos e autoridades exteriores nos lares onde existisse infecção e, em muitos casos, isso foi feito. Alertámos para as dificuldades dos lares, a sua incapacidade em cumprir normas feitas em cima do joelho e a impossibilidade de constituir equipas em espelho e de, de um momento para o outro, tratarmos os lares como unidades de saúde. Continuamos ainda a lutar pela realização de teste em todos os lares e muito especialmente nos que não apresentam pessoas com sintomas, prevenindo a entrada do vírus que só pode chegar do exterior, sendo pois necessário testar todos os trabalhadores dos lares com a máxima urgência. Insiste-se em testar quando há sintomas que é o mesmo que testar o que está aparentemente testado.

Mas hoje a Associação já tem outras preocupações que devem levar a um debate aberto nacional sem constrangimentos e sem receios do politicamente incorrecto. Trata-se da proibição das visitas aos lares e da manutenção desta regra de forma dura e inflexível.

Ora quem trabalha em lares de idosos já sente hoje as tremendas dificuldades que esta situação promove. A angústia, o sofrimento, a ansiedade e a falta de entendimento desta proibição é violenta para os residentes dos nossos lares. Muito violenta. E começam a surgir sinais de algum descontrolo de situações em consequência deste estado que foi necessario e correctamente criado.

Contudo, não querendo defender a liberalização total das visitas dos familiares aos residentes de lares e entendendo a necessidade de continuarem a existir contenções, não podemos aceitar que ninguém pense em atenuar este problema. Todos nós, que trabalhamos em lares temos essa obrigação. Como vamos resolver esta situação atendendo a que as mais optimistas noticias que temos é o Exmo. Senhor Presidente da Republica a “atirar” para o verão de 2021 a possibilidade de um regresso à normalidade. Vamos ter contenção de visitas em lares até ao verão de 2021? Ou até mesmo ao verão de 2020? Proibição total de visitas?

A Associação Amigos da Grande Idade vai promover um debate sobre este problema, chamando a si as opiniões de centenas de colaboradores, de ex-formandos e actuais alunos da Pós Graduação e abrindo o debate a toda a população em geral, apelando a que todos possam contribuir para soluções que temos a obrigação em encontrar em defesa das pessoas idosas institucionalizadas cuja vida muito depende de decisões a tomar.

Queremos assumir com naturalidade que não podemos continuar a justificar aos nossos residentes, diariamente que não podem ver os filhos e os netos porque há uma grande infecção no País. Estamos a falar de pessoas entre os 80 e 100 anos, muitas delas com as suas capacidades cognitivas deterioradas que não nos entendem. Podemos dizer que as chamadas de vídeo e a criatividade em encontrar formas de contacto à distância que temos conseguido são o bastante. Mas não são. Há residentes que já não querem falar ao telefone e não entendem porque o filho não aparece. Há residentes que nem se revêem e nem revêem ninguém nessas chamadas de video.

Em tom, de choque para libertar opiniões e consciências parafraseamos um conhecido provérbio português: ANTES A MORTE QUE TAL SORTE.

As opiniões devem ser enviadas para associacaoamigosdagrandeidade@gmail.com ou através da página https://www.facebook.com/aagi.portugal/ no facebook.

Ficamos a aguardar com esperança o envio de opinião e propostas de solução.

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INFEÇÃO POR COVID 19

Mar 31, 2020

 

 

PEDIDO DE CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIA NACIONAL PARA GESTÃO DA CRISE EM LARES DE IDOSOS

PROPOSTAS DE MEDIDAS

 

ENQUADRAMENTO

A infeção por COVID-19 veio mostrar um conjunto de fragilidades ao nível das políticas seguidas nas últimas décadas para a população idosa, negligenciada na abordagem da sociedade, que não acolhe e protege o seu maior capital de investimento, o conhecimento das pessoas com mais anos de vida.
Como podemos perceber anteriormente, não estamos preparados para fazer face à infeção por COVID19 em Lares de Idosos, devido à sua letalidade que em termos internacionais é de cerca de 50%.
Os modelos seguidos até aqui, por parte das autoridades de saúde nacionais, têm-se mostrado pouco sustentado, pouco alicerçado na realidade há muito vivida noutros países, nomeadamente no EUA, Espanha e Itália.
Numa perspetiva de cuidado da sociedade, respeito pela vida humana e acima de tudo o respeito pela dignidade dos valores éticos e morais de toda uma sociedade é pedido neste documento que se encare o problema acumulado ao longo de décadas, da criação de reservatórios de baixo custo por parte do estado de idosos, numa oportunidade de pouco cuidado da sociedade, com as pessoas de maior vulnerabilidade e desprotegidas.
A presente infeção por COVIDE 19, atirou a responsabilidade para os gestores e colaboradores, das instituições mencionadas em epigrafe, da gestão desta crise, numa clara e absurda desresponsabilização das instituições publicas, dos decisores políticos, apenas elevando a discussão de circunstância temerosamente infame e humanamente reprovável, sobre quais os critérios que vamos utilizar para ventilar pessoas nos próximos tempos, onde de resto os idosos não farão parte.
Estas instituições, quer sociais, privadas ou outras têm lutado contra a crescente desresponsabilização do estado, face ao acumular de pessoas com difíceis de autocuidado, difíceis funcionais cada vez mais elevado, onde se somam as comorbidades associadas como sendo a hipertensão, a doença cardíaca, a doença renal, a diabetes, a obesidade e/ou doença pulmonar, em cada vez maior número, em instituições de baixo custo.
Não dotámos estas organizações do necessário aumento das necessidades de prestadores, prestadores qualificados ao nível da saúde, em qualificações e em número suficiente, tendo-se revertido com a infeção por COVID19, numa tragédia nacional, há muito propalada.
O nosso prestigiado José Saramago fundamentou uma espécie de Ensaio sobre a Cegueira (1995), que narra a história da epidemia da cegueira branca que se espalha por uma cidade, causando um grande colapso na vida das pessoas e abalando as estruturas sociais (EC, 1995). Reler este prestigiado Autor não poderia deixar de ser uma mais valia para os dias de hoje. No entanto, a cegueira tem, neste pedido, contornos nacionais, na refundação do futuro da nação, em termos de estratégia nacional para os cuidados às pessoas idosas.
Não obstante à problemática em curso nos Lares legais de idosos, apercebemo-nos do que podemos apelidar, do sofrimento silencioso e amargo, das pessoas que estão a ser cuidadas em Lares de Idosos sem alvará, ou ilegais. Não é apenas uma nuance, segundo dados recentes teremos cerca de 94.000 pessoas em lares com alvará e cerca de 35.000 pessoas em lares sem alvará, os números são astronómicos. A problemática dos mais vulneráveis na sociedade, reverte-se de importância elevada, pois serão os idosos sem abrigo nos lares com alvará, por questões de abandono familiar, falta de consciência humana dos proprietários, dos profissionais, ou da conivência de outras instituições publicas, que militam, numa angústia cada vez maior na insistência de processos de adequação que duram décadas.
A Associação amigos da Grande Idade, vem agradecer e considerar o esforço da Comunicação Social, como um incremento valioso, prestigiado e de grande interesse nacional, deste modo aplaude de pé, o seu contributo anterior e futuro para esta causa maior na nossa sociedade.

ENQUADRAMENTO DO PROBLEMA

Espanha, nem bons ventos nem bons cuidados a idosos, foi amplamente noticiado a profunda angústia humana, com a descoberta de cadáveres em Lares de Idosos, por Militares, que jaziam a aguardar o transporte, junto de outros idosos vivos, por alegada inabilidade da consciência animalesca dos seus dirigentes e responsáveis locais.
No EUA, observamos os vários comunicados descritos na Nursing Home Life Care Center of Kirkland, Centers for Disease Control and Prevention (2020), e em várias fontes de informação onde foi possível extrair dados sobre as dinâmicas e fatos mensuráveis ao longo de trinta dias. Esta instituição tinha a 19 de fevereiro, no seu quadro de pessoas 180 funcionários e 120 residentes. A idade média dos residentes que apresentaram resultado positivo para COVID-19 foi de 81 anos e dos colaboradores foi entre 42,5 e 62 anos. Após análise dos dados recolhidos constatamos que 65,1% das pessoas idosas a quem foi diagnosticada a infeção por COVID-19 são do sexo feminino. Ao fim de 20 dias do primeiro caso identificado, mais de metade (56,8%) dos residentes apresentaram resultado positivo para o coronavírus e foram hospitalizados, ao fim de 30 dias, a taxa de letalidade rondava os 50%.
É, pois, neste ambiente que postulamos a nossa própria insuficiência, como forma de tentarmos usar meios de proteção para não contribuirmos, para a epidemia de cegueira que se espalha pelo país, num colapso na vida das pessoas idosas em Lares e dos seus próprios dirigentes e demais colaboradores.
Tomando consciência de que neste momento nos Lares de Idosos existe de forma dramática, o risco de aumento de óbitos e do sofrimento, com as causas bem identificadas como sendo: Falta de material de Proteção Individual em Lares de Idosos; Desconhecimento na utilização deste material de proteção individual por parte dos Profissionais; Falta de diagnóstico em termos de triagem de sintomas; Falta de desenvolvimento de testes individuais; Número de profissionais insuficientes; e Abandono precoce dos vínculos laborais destes profissionais. Propomos a criação da estratégia nacional seguinte.

MEDIDAS PROPOSTAS MEDIDAS PARA DIMINUIR O RISCO DESCRITO

1. Criação de grupos de trabalho concelhios monitorizados nacionalmente, para implementação de medidas de apoio, proteção e gestão de crise em cada município.
2. Criação no prazo de uma semana de locais com reserva de camas, de 50% da capacidade concelhias em lares de idosos, para internamento de pessoas idosas, provenientes de lares de idosos, com infeção de COVID19.
3. Retirada das pessoas idosas com COVID19 dos lares de idosos, para proteção e tratamento no período de quarentena.
4. Implementação de normativos por parte da DGS, com o controle dos grupos concelhios, para implementação de estratégias de controle de infeção, como a implementação de circuitos de limpos e circuitos de sujos, circuitos de roupa, medicação, alimentação, consumíveis, fardamento, etc.
5. Fornecimento de forma imediata, de forma gratuita, de equipamentos de proteção individual, como máscaras, batas e outro material de proteção, de forma permanente e sempre que solicitado por estas instituições.
6. Monitoramento constante de sintomas dos residentes, por parte dos ADC-Comunidade, dos cuidados de saúde primários, recentemente criados, dedicação de profissionais destacados, para monitoramento dos lares de idosos.
7. Testagem e triagem ativa para COVID 19, das pessoas idosas a residir em Lares de Idosos.
8. Testagem e triagem ativa para COVID 19, dos profissionais em Lares de Idosos.
9. Desinfeção das áreas conexas exteriores e interiores, segundo normativo internacional.
10. Aumento da comparticipação estatal dos valores para Lares de Idosos, durante o estado de emergência, para fazer face ao aumento dos custos e a diminuição do risco do aumento do sofrimento e óbitos.
11. Comparticipação gratuita de testes diagnostico para residentes e profissionais.
12. Nos lares não licenciados e ainda sem processo de monitorização da Segurança Social, a identificação da sua geolocalização, com recurso ao apoio da GNR, PSP, proteção civil e militares do exército, para monitorização de sintomas, testagem de idosos, colaboradores para a infeção por COVID19. Introdução no circuito acima proposto, com transferência posterior dos idosos, para os lares com alvará, depois desta crise.
13. Controle dos lares não licenciados por parte das forças militares, até ao seu fecho.
14. O encerramento imediato, sem recurso de condição, com o fim do estado de emergência e a criação de uma moldura penal equivalente ao crime de homicídio por neglicência, para proprietário.

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ANÁLISE DE ESTUDO DE CASO EM UNIDADE RESIDENCIAL NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Mar 26, 2020

Este estudo é feito com base exclusivamente na informação que foi disponibilizada e que não é total, na medida em que a própria entidade ou entidades reguladoras reservam informação com o objectivo de combaterem o alarmismo.

 

 

 

Dia 0: 19 de Fevereiro
Aparece o primeiro infectado com teste positivo ao COVIN 19

Dia 8: 27 de Fevereiro
Diminuem dois residentes sem informação de causa!

Dia 9: 28 Fevereiro
48 Trabalhadores são enviados para casa
É registada a primeira morte

Dia 15: 5 de Março
Registam-se 13 mortes

Dia 16: 6 de Março
50 Residentes são transferidos para Hospital
32 Trabalhadores são enviados para casa
Falecimentos aumentam para 19

Dia 21: 12 de Março
Falecimentos aumentam para 25

EVIDENCIA:
Num período de um mês (até serem fornecidos dados) em 140 residentes de um lar, temos 33 mortos e 66 transferidos para Hospital não se sabendo o que aconteceu. O Lar está reduzido ao fim de 29 dias a 42 residentes. Tinha 140 residentes!
Os trabalhadores, ao fim de 29 dias estão reduzidos a 100. Tinha 180 trabalhadores!

Desde logo permite-nos concluir:
1. Qualquer suspeita deve ser imediatamente testada (se possível fora do lar);

2. Qualquer caso positivo deve abandonar o lar o mais rapidamente possível, ficando todos os outros em isolamento com medidas de protecção individual pesadas.

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