O Presidente e o Vice-presidente da Associação Amigos da Grande Idade tiveram a honra de participar em reunião convocada pela Exma. Senhora Provedora Adjunta da Justiça, Dr.ª Helena Vera-Cruz Pinto, na qual estiveram presentes um conjunto de entidades de cidadania que desenvolvem actividades na área social, no âmbito das crianças e jovens, deficiência, mulheres e idosos.
Da convocatória para a reunião destacamos:
Para além de propiciar um melhor conhecimento mútuo de todas as entidades participantes, o encontro permitirá a apresentação do Núcleo da Criança, do Idoso e do Cidadão com Deficiência do Provedor de Justiça (N-CID).
O N-CID — estrutura cuja responsabilidade me foi atribuída pelo Provedor de Justiça — é uma estrutura simultaneamente especializada e multidisciplinar, que agrega profissionais das áreas do Direito e da Psicologia, de modo a tratar as matérias a que se dedica numa perspectiva o mais completa e abrangente possível.
Para além da apresentação do trabalho que desenvolve o Presidente da Associação fez questão de referir que os graves problemas do envelhecimento são devidos a situações estruturais e não dependem de crises pontuais ou de fases da vida do País. Levantou a questão de um desses problemas estar relacionado com a legislação e com a inexistência de obrigações para a representação jurídica das pessoas idosas, tendo mesmo o ultimo decreto-lei deixado cair a palavra legal quando se refere ao representante das pessoas idosas, das crianças ou dos deficientes.
São problemas como o atual combate á família, “encapotado” por números só creditados pela perceção e por uma ou outra notícia mediática dos agitadores do costume e sem qualquer evidência científica que podem causar dificuldades à sustentabilidade da sociedade no futuro.
A Associação posicionou-se como sempre: desconstruindo uma narrativa que pretende justificar a ação das entidades e instituições sociais pela cada vez maior existência de pessoas carenciadas, fragilizadas e doentes ao invés de fazerem assentar a sua atividade na prevenção dessas situações, não deixando que as pessoas cheguem às situações limite de carência.
Referimos ainda a necessidade obrigatória de começarmos a trabalhar com indicadores de desempenho e com avaliação à nossa atividade assente em evidência científica, podendo assim planear melhor o nosso trabalho e definir estratégias de resposta às necessidades mais eficazes.