Workshop “Desafios na Gestão de Lares”

Abr 10, 2024

São as 8 horas mais frequentadas na formação sobre gestão de lares que se realiza em Portugal. Rui Fontes e António Ilhicas partilham o seu conhecimento e a sua experiencia

REGRESSA O WORKSHOP “DESAFIOS NA GESTÃO DE LARES”

Está de regresso o workshop mais frequentado em Portugal sobre envelhecimento institucionalizado.

Desenvolvido por Rui Fontes e António Ilhicas, com larga experiencia de direcção técnica de serviços destinados a pessoas idosas, este workshop desafia à mudança de comportamentos e atitudes, levantando questões que tem sido motivadoras para grandes alterações no interior das organizações.

Mas contribui também para elevar a qualidade do conhecimento e da gestão de técnicos de diversas áreas que intervém no envelhecimento institucionalizado: serviço social, enfermagem, gestão, direito, gerontologia, psicologia, arquitectura, engenharia, medicina.

É um workshop de 8 horas que já correu o País e que vai agora voltar.

Tem diversas datas que se estendem até ao final do ano e depois no primeiro semestre de 2023. Vai ter também uma edição on line.

Inscrições abertas

 

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COVID 19: PONTO DA SITUAÇÃO

Jul 8, 2022

A esperança de que a tragédia que o COVID trouxe, com especial incidência nas pessoas mais velhas, iria obrigar a alterações estruturais significativas na área do envelhecimento e concretamente na institucionalização demorou pouco. Esperança frustrada.

Nos picos mais elevados desta tragédia ainda ouvimos as grandes corporações e alguns fazedores de promessas, dizer que era obrigatório introduzir alterações para responder às necessidades do envelhecimento da população e ao aumento de dependência da população mais velha. Mas pouco durou este discurso.

Hoje, mais ou menos livres de COVID, temos a mesma situação de há dois anos atrás: legislação completamente desajustada às necessidades reais, a tutela com o preconceito do sector privado e transformada em força policial para as entidades legais, esquecendo e desconhecendo a realidade da ilegalidade, nenhuma política social assente na evidencia cientifica, indefinição da autoridade técnica dos directores e subordinação a dirigentes sem formação, confusão entre cuidados de saúde e oferta social, discriminação dos lares em relação aos cuidados continuados, sistema de financiamento desadequado, ausência de qualquer plano sério de prevenção, incapacidade de promover formação de pessoal, manutenção da imagem negativa dos lares de idosos muito à custa do comportamento das autoridades em relação às ofertas não licenciadas.

Mudou um pouco a forma como a população escolhe os lares de idosos, tendo passado a ser mais cuidadosa e atenta para não deparar com as condições impróprias em que os seus familiares se encontram e vieram à luz do dia com o COVID e a intervenção dos órgãos de comunicação social.

É difícil entender que os nossos decisores saibam que vão envelhecer, que tem todas as condições criadas para ficarem dependentes após um qualquer acontecimento crítico e nada façam para alterar este pântano social que é o envelhecimento institucionalizado.

Como no “Ensaio sobre a cegueira” do prémio novel José Saramago, a sociedade decidiu fazer um muro e colocar do lado de lá as pessoas idosas não produtivas, dependentes ou apenas fragilizadas e sem suporte familiar. Um muro muito alto.

Mas é justo dizermos que mesmo nestas condições, existe um esforço extraordinário de muitos profissionais, directores, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, gerontologos, fisioterapeutas, auxiliares, animadores, que remam contra a maré. Que lutam por conseguir distinguir os seus serviços, que conseguem transmitir afecto numa área que não é confortada por ninguém.

Nos dias que correm continuamos a assistir a um desprezo completo pelos lares de idosos por parte das autoridades.

A Direcção Geral da Saude continua a liderar as instruções para lares de idosos não tendo nada a ver com eles e não entendendo nada sobre eles. Parece estarem esquecidos que os lares não têm obrigação de ter médico e que a enfermagem está legislada em número de enfermeiros por número de residentes sem definir número de horas de trabalho. Ou seja, mantem-se a situação de termos lares cheios de pessoas doentes mas não termos cuidados de profissionais de saúde permanentes. Nos lares as pessoas doentes só podem ter problemas de saúde em determinados horários. Nos lares a medicação é preparada por enfermeiros mas administrada por auxiliares ou vice-versa. Nos lares não existem quaisquer indicadores de desempenho que digam respeito aos cuidados de saúde. Nos lares basta-nos ter o nome de um enfermeiro no placard de afixação de documentos para se ter licenciamento. Mas veio o COVID e a Direcção Geral de Saúde colocou-se como orientadora dos lares.

Assistimos a situações patéticas. Lembram-se de Reguengos? O que alterou agora? A Ordem dos médicos só deu conta de não existirem médicos em lares quando explodiu a situação de Reguengos? A Ordem dos médicos, que mandou uma equipa fiscalizar Reguengos, não tem conhecimento que existem centenas de médicos a prescrever medicação em lares ilegais? A ordem dos enfermeiros não tem o mesmo conhecimento? É legítimo, profissionais, com cédula profissional prestarem serviço em serviços ilegais?

Estamos a entrar numa nova fase: a fase do antigamente. Ou seja, a tutela que é a segurança social, voltou ao seu trabalho mais habitual: fiscalizar e acompanhar lares licenciados, ignorando aquilo que ficou à vista durante o COVID: lares não licenciados. Estes lares foram assinalados mas encontram-se como se encontrava a criança que foi morta em Setúbal. Também estava assinalada. Como estão assinalados quase todos os casos que terminam em drama mas que ficam impunes indefinidamente.

Não há justiça neste comportamento.

Por vezes questiono: estes dirigentes, decisores, funcionários, não têm família e não falam ao jantar? Não vêem os telejornais? Não tem nenhum filho, pai ou outro familiar que lhes digam que estas inúmeras situações estão erradas e que o comportamento da entidade a que pertencem é anormal? Parece que não.

Tudo está na mesma e assim ficará até que algum ministro ou presidente queira ficar na história, alterando profundamente a área do envelhecimento e iniciando uma caminhada para um futuro mais digno. Não é mais feliz nem mais activo porque isso é entretém. É mais digno. Basta.

Rui Fontes

Presidente da AAGI-ID

 

 

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Associação Nacional de Directores Técnicos Em Constituição

Jul 7, 2022

A Associação Amigos da Grande Idade tem sido a grande impulsionadora da constituição da Associação Nacional de Directores Técnicos. A formalização desta constituição está para breve.

A Associação Nacional de Directores Técnicos está em movimento e entrou numa fase que não vai permitir voltar atrás.

A Convenção Nacional realizada no Tagus Park, em Oeiras, foi o tiro de partida para um movimento que há muitos anos se deseja e que é essencial para a mudança do paradigma do envelhecimento institucionalizado em Portugal.

Num País em que não é ouvida nenhuma organização que represente as pessoas que trabalham no interior dos serviços destinados a pessoas idosas, mas que continua a produzir legislação, a tomar decisões e a fiscalizar as entidades, é fundamental que os profissionais do terreno tenham a sua opinião e intervenham nas decisões e nas políticas que vão sendo adoptadas.

A Associação Nacional de Directores Técnicos vai ser formalmente fundada em Condeixa-a-Nova no próximo mês de Novembro com a realização do seu primeiro congresso.

Neste momento existe uma comissão instaladora que está a tratar dos aspectos logísticos, jurídicos e financeiros, preparando o esperado congresso.

Este Congresso vai eleger a primeira Direcção Nacional, formalizar a aprovação dos estatutos e apresentar-se às diversas entidades, legitimada por eleição directa dos seus pares.

Não pretende ser uma organização com objectivos sindicais ou políticos mas uma entidade que represente, defenda e promova os Directores Técnicos de lares, serviços domiciliários e centros de dia, que são sempre esquecidos e não tem valor social ao nivel da sua responsabilidade e intervenção.

O COVID veio levantar muitas questões e uma delas foi verificarmos o esquecimento de todos sobre aqueles que mais defenderam as pessoas idosas: os directores técnicos dos lares.

É assim tempo de ter alguem que fale com rigor sobre o interior dos lares e a realidade da institucionalização.

A Associação Amigos da Grande Idade apoia sem reservas a nova Associação Nacional de Directores Técnicos.

 

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INFEÇÃO POR COVID 19

Mar 31, 2020

 

 

PEDIDO DE CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIA NACIONAL PARA GESTÃO DA CRISE EM LARES DE IDOSOS

PROPOSTAS DE MEDIDAS

 

ENQUADRAMENTO

A infeção por COVID-19 veio mostrar um conjunto de fragilidades ao nível das políticas seguidas nas últimas décadas para a população idosa, negligenciada na abordagem da sociedade, que não acolhe e protege o seu maior capital de investimento, o conhecimento das pessoas com mais anos de vida.
Como podemos perceber anteriormente, não estamos preparados para fazer face à infeção por COVID19 em Lares de Idosos, devido à sua letalidade que em termos internacionais é de cerca de 50%.
Os modelos seguidos até aqui, por parte das autoridades de saúde nacionais, têm-se mostrado pouco sustentado, pouco alicerçado na realidade há muito vivida noutros países, nomeadamente no EUA, Espanha e Itália.
Numa perspetiva de cuidado da sociedade, respeito pela vida humana e acima de tudo o respeito pela dignidade dos valores éticos e morais de toda uma sociedade é pedido neste documento que se encare o problema acumulado ao longo de décadas, da criação de reservatórios de baixo custo por parte do estado de idosos, numa oportunidade de pouco cuidado da sociedade, com as pessoas de maior vulnerabilidade e desprotegidas.
A presente infeção por COVIDE 19, atirou a responsabilidade para os gestores e colaboradores, das instituições mencionadas em epigrafe, da gestão desta crise, numa clara e absurda desresponsabilização das instituições publicas, dos decisores políticos, apenas elevando a discussão de circunstância temerosamente infame e humanamente reprovável, sobre quais os critérios que vamos utilizar para ventilar pessoas nos próximos tempos, onde de resto os idosos não farão parte.
Estas instituições, quer sociais, privadas ou outras têm lutado contra a crescente desresponsabilização do estado, face ao acumular de pessoas com difíceis de autocuidado, difíceis funcionais cada vez mais elevado, onde se somam as comorbidades associadas como sendo a hipertensão, a doença cardíaca, a doença renal, a diabetes, a obesidade e/ou doença pulmonar, em cada vez maior número, em instituições de baixo custo.
Não dotámos estas organizações do necessário aumento das necessidades de prestadores, prestadores qualificados ao nível da saúde, em qualificações e em número suficiente, tendo-se revertido com a infeção por COVID19, numa tragédia nacional, há muito propalada.
O nosso prestigiado José Saramago fundamentou uma espécie de Ensaio sobre a Cegueira (1995), que narra a história da epidemia da cegueira branca que se espalha por uma cidade, causando um grande colapso na vida das pessoas e abalando as estruturas sociais (EC, 1995). Reler este prestigiado Autor não poderia deixar de ser uma mais valia para os dias de hoje. No entanto, a cegueira tem, neste pedido, contornos nacionais, na refundação do futuro da nação, em termos de estratégia nacional para os cuidados às pessoas idosas.
Não obstante à problemática em curso nos Lares legais de idosos, apercebemo-nos do que podemos apelidar, do sofrimento silencioso e amargo, das pessoas que estão a ser cuidadas em Lares de Idosos sem alvará, ou ilegais. Não é apenas uma nuance, segundo dados recentes teremos cerca de 94.000 pessoas em lares com alvará e cerca de 35.000 pessoas em lares sem alvará, os números são astronómicos. A problemática dos mais vulneráveis na sociedade, reverte-se de importância elevada, pois serão os idosos sem abrigo nos lares com alvará, por questões de abandono familiar, falta de consciência humana dos proprietários, dos profissionais, ou da conivência de outras instituições publicas, que militam, numa angústia cada vez maior na insistência de processos de adequação que duram décadas.
A Associação amigos da Grande Idade, vem agradecer e considerar o esforço da Comunicação Social, como um incremento valioso, prestigiado e de grande interesse nacional, deste modo aplaude de pé, o seu contributo anterior e futuro para esta causa maior na nossa sociedade.

ENQUADRAMENTO DO PROBLEMA

Espanha, nem bons ventos nem bons cuidados a idosos, foi amplamente noticiado a profunda angústia humana, com a descoberta de cadáveres em Lares de Idosos, por Militares, que jaziam a aguardar o transporte, junto de outros idosos vivos, por alegada inabilidade da consciência animalesca dos seus dirigentes e responsáveis locais.
No EUA, observamos os vários comunicados descritos na Nursing Home Life Care Center of Kirkland, Centers for Disease Control and Prevention (2020), e em várias fontes de informação onde foi possível extrair dados sobre as dinâmicas e fatos mensuráveis ao longo de trinta dias. Esta instituição tinha a 19 de fevereiro, no seu quadro de pessoas 180 funcionários e 120 residentes. A idade média dos residentes que apresentaram resultado positivo para COVID-19 foi de 81 anos e dos colaboradores foi entre 42,5 e 62 anos. Após análise dos dados recolhidos constatamos que 65,1% das pessoas idosas a quem foi diagnosticada a infeção por COVID-19 são do sexo feminino. Ao fim de 20 dias do primeiro caso identificado, mais de metade (56,8%) dos residentes apresentaram resultado positivo para o coronavírus e foram hospitalizados, ao fim de 30 dias, a taxa de letalidade rondava os 50%.
É, pois, neste ambiente que postulamos a nossa própria insuficiência, como forma de tentarmos usar meios de proteção para não contribuirmos, para a epidemia de cegueira que se espalha pelo país, num colapso na vida das pessoas idosas em Lares e dos seus próprios dirigentes e demais colaboradores.
Tomando consciência de que neste momento nos Lares de Idosos existe de forma dramática, o risco de aumento de óbitos e do sofrimento, com as causas bem identificadas como sendo: Falta de material de Proteção Individual em Lares de Idosos; Desconhecimento na utilização deste material de proteção individual por parte dos Profissionais; Falta de diagnóstico em termos de triagem de sintomas; Falta de desenvolvimento de testes individuais; Número de profissionais insuficientes; e Abandono precoce dos vínculos laborais destes profissionais. Propomos a criação da estratégia nacional seguinte.

MEDIDAS PROPOSTAS MEDIDAS PARA DIMINUIR O RISCO DESCRITO

1. Criação de grupos de trabalho concelhios monitorizados nacionalmente, para implementação de medidas de apoio, proteção e gestão de crise em cada município.
2. Criação no prazo de uma semana de locais com reserva de camas, de 50% da capacidade concelhias em lares de idosos, para internamento de pessoas idosas, provenientes de lares de idosos, com infeção de COVID19.
3. Retirada das pessoas idosas com COVID19 dos lares de idosos, para proteção e tratamento no período de quarentena.
4. Implementação de normativos por parte da DGS, com o controle dos grupos concelhios, para implementação de estratégias de controle de infeção, como a implementação de circuitos de limpos e circuitos de sujos, circuitos de roupa, medicação, alimentação, consumíveis, fardamento, etc.
5. Fornecimento de forma imediata, de forma gratuita, de equipamentos de proteção individual, como máscaras, batas e outro material de proteção, de forma permanente e sempre que solicitado por estas instituições.
6. Monitoramento constante de sintomas dos residentes, por parte dos ADC-Comunidade, dos cuidados de saúde primários, recentemente criados, dedicação de profissionais destacados, para monitoramento dos lares de idosos.
7. Testagem e triagem ativa para COVID 19, das pessoas idosas a residir em Lares de Idosos.
8. Testagem e triagem ativa para COVID 19, dos profissionais em Lares de Idosos.
9. Desinfeção das áreas conexas exteriores e interiores, segundo normativo internacional.
10. Aumento da comparticipação estatal dos valores para Lares de Idosos, durante o estado de emergência, para fazer face ao aumento dos custos e a diminuição do risco do aumento do sofrimento e óbitos.
11. Comparticipação gratuita de testes diagnostico para residentes e profissionais.
12. Nos lares não licenciados e ainda sem processo de monitorização da Segurança Social, a identificação da sua geolocalização, com recurso ao apoio da GNR, PSP, proteção civil e militares do exército, para monitorização de sintomas, testagem de idosos, colaboradores para a infeção por COVID19. Introdução no circuito acima proposto, com transferência posterior dos idosos, para os lares com alvará, depois desta crise.
13. Controle dos lares não licenciados por parte das forças militares, até ao seu fecho.
14. O encerramento imediato, sem recurso de condição, com o fim do estado de emergência e a criação de uma moldura penal equivalente ao crime de homicídio por neglicência, para proprietário.

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11º Fórum Internacional de Ulceras e Feridas

Fev 24, 2020

Realiza-se em Aveiro, nos próximos dias 13 e 14 de Março o 11º Fórum Internacional de Ulceras e Feridas. A Associação Amigos da Grande Idade marcará presença e aproveita este evento para assinar o protocolo com a ELCOS, Sociedade Portuguesa de Feridas.
Anunciaremos também o início do projecto “STOP ÀS ULCERAS E FERIDAS EM LARES DE IDOSOS” que distinguirá todas as estruturas que aderirem a este programa.
Consulte:
https://www.sociedadeferidas.pt/

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Protocolo entre a ELCOS e a AAGI

Fev 24, 2020

A Associação Amigos da Grande Idade anuncia, com honra, a assinatura de protocolo com a ELCOS. Sociedade Portuguesa de Feridas. Trata-se de uma entidade especializada nas feridas e ulceras de pressão em pessoas idosas.

Este Protocolo vai ser assinado formalmente durante a realização do 11º Fórum Internacional de Ulceras e Feridas que se realiza em Aveiro a 13 e 14 de Março no Centro Cultural e de Congressos.

Este protocolo dará de imediato origem a um importante projecto nacional que iremos designar por “STOP às Feridas e Ulceras em Lares de Idosos”.

O Projecto envolve Formação específica nesta área, disponível para técnicos e colaboradores de lares de Idosos e ainda cuidadores informais e terá a intervenção dos inúmeros técnicos especializados em feridas e ulceras da ELCOS.

Será também editado Guia para o combate a feridas e ulceras e lançada uma creditação para lares e outros serviços que não tenham ou combatam com rigor e competência esta situação em Pessoas idosas.

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2020: POR UM NOVO ANO DE MENOR INFELICIDADE

Dez 30, 2019

A Associação Amigos da Grande Idade – Inovação e Desenvolvimento, congratula-se pela chegada de mais um ano e deseja a todos que possam concretizar os seus desejos.

 

Desejávamos também para 2020 um ano de mudança. Mudança na Ética e no exercício de Cidadania de forma a alterar a forma de olhar para o envelhecimento.

A moderna sociedade, eco, atlética, saudável e libertadora, com profundas preocupações com o ambiente, só conhece o envelhecimento activo e saudável. O envelhecimento bom, de velhos bonitos, desportistas, mesmo quando em toda a sua vida nunca tenham dado uma corrida, artistas, viajantes, felizes e contentes a ocuparem os seus tempos livres, dançarinos e festivos, justificando milhares de euros que se distribuem anualmente por milhares de organizações humanitárias e caritativas para o desenvolvimento de projectinhos com peso e interesse para aparecerem na televisão. Projectos para pessoas idosas novas que ainda não tiveram qualquer acontecimento critico nem nenhum acidente de saúde.

Estas são as pessoas idosas da sociedade moderna em evolução em que a competitividade e o consumo é que definem o desenvolvimento social, medido exclusivamente pelo orçamento geral do estado.

Para estas pessoas idosas a sociedade tem investido todos os seus recursos e toda a sua criatividade e energia. São as universidades seniores, os projectos intergeracionais, os passes mais baratos, os descontos em múltiplas ofertas, a multiópticas que se arrisca a pagar para dar óculos dado o aumento da esperança de vida, os subsídios para actividades de ocupação e lazer, os prémios nacionais e anuais e até o apoio ao empreendedorismo sénior.

Ler as páginas dos sites das câmaras municipais e juntas de freguesia faz-nos acreditar num Portugal em que as pessoas idosas são extraordinariamente felizes, tal a quantidade de ofertas que são publicitadas.

O problema actual para a Associação é que tudo isto não tem nada a ver com o verdadeiro envelhecimento, com o preocupante envelhecimento que aumenta dia a dia.

Podem continuar a dizer que todas aquelas actividades e projectos destinados às pessoas que completam 65 anos e dedicadas aos anos mais próximos que se seguem a essa data são fundamentais para prevenir causas maiores de incapacidade e infelicidade. Mas não.

O aumento significativo das ofertas para pessoas idosas “novas” nada preveniu, nada diminuiu a incapacidade e a dependência das verdadeiras pessoas idosas que aumentaram significativamente nos últimos anos.

A moderna sociedade determinou que ser velho é ter 65 anos e que vai até poder participar nas tais ofertas de vida activa e saudável. As pessoas que tem acontecimentos críticos como quedas, enfartes, AVC’s, demência, Alzheimer não estão nas preocupações dos decisores nem tão pouco dos voluntários imensos que por esse país fora desenvolvem projectos ditos destinados às pessoas idosas. Não. Esses cheiram mal e, ou ficam em casa, abandonados à sua sorte com a visita do filho ou da filha no final do dia ou dia sim dia não, ou são colocados nos Lares de idosos.
Essas pessoas idosas, os nossos pais muitas vezes, só são notícia quando são gravemente agredidos numa instituição ou quando são encontrados mortos após vários dias em casa.
As pessoas idosas que têm rendimentos acima da pensão mínima continuam a não ser abrangidos por qualquer apoio social, tendo que se valer dos seus 500,00 € e de algum dinheiro que possa sobrar a um ou outro filho. Milhares dos que têm pensões mínimas não têm vaga nas grandes instituições sociais que, coitadas, se vêem aflitas para cuidarem dos que lá tem e já fazem um grande favor à sociedade. Os funcionários públicos com reformas que até julgamos serem confortáveis e com rendimentos de 1000 euros não têm um apoio que seja no seu envelhecimento com doença e incapacitação. Onde estão? As pessoas idosas com um AVC, com uma fractura de uma perna, com o aparecimento de uma demência andam por ai, de casa em casa, de lar em lar ou simplesmente apodrecem num hospital que não descansa enquanto não lhes dá alta.

Essas pessoas não usufruem das excursões da junta de freguesia, nem das festas, nem dos projectos intergeracionais, nem das universidades seniores. Essas pessoas não se conseguem pentear, não conseguem lavar-se, não conseguem vestir-se.

Não seria inconveniente que essas pessoas estivessem em casa ou em lares mas é aqui que a Associação apresenta as maiores preocupações.

Ficar em casa requeria apoio domiciliário. Mas se tivermos mais de 400 euros de rendimento já não teremos direito a esse apoio e mesmo que se encontre uma instituição que o poderia fazer não é possível porque as listas de espera são enormes. Requerer apoio de entidade privada é difícil dados os custos e como se trata de entidade privada não há apoio financeiro social, reservado exclusivamente a IPSS e misericórdias.

Seria bom ficar em casa mas isso implicava uma mudança estrutural e concepcional nos modelos de cuidado e acompanhamento.

Fala-se agora nos cuidadores informais e a Associação tem vindo a conter-se sobre este projecto. A conter-se porque o julga completamente desajustado e desadequado, porque o julga falso e demagógico.

O Estado vive de costas voltadas para os cuidadores formais. Não fiscaliza instituições nem exige formação a cuidadores dessas instituições, não apoia qualquer actividade de desenvolvimento profissional, não apoia o sector privado através de incentivos fiscais que pudessem ser utilizados na formação e no recrutamento, deixa tudo isto à sorte e depois vem dizer-nos que tem dinheiro para apoiar cuidadores informais. Inacreditável, sabendo que esses cuidadores requerem processo de formação que não feitos aos formais, que requerem dinheiro que se negam ás empresas e instituições e até particulares, que requerem fiscalização, avaliação e coordenação que não se faz em nenhuma parte do pais. Mas, milagre dos milagres tirados da cartola de meia dúzia de políticos iluminados: para os cuidadores informais vai ser tudo bom. O que está para trás não interessa nada, o facto de existirem maus tratos diariamente nos domicílios, nas instituições sociais e privadas não interessa nada. Com os cuidadores informais vamos resolver tudo.

Humildemente pensamos que resolvemos tudo da mesma maneira que resolvemos os problemas de internamento, acompanhamento e recuperação hospitalar com os cuidados continuados! Demagogia.

O fundo do poço está em termos todos a consciência que as pessoas idosas, realmente necessitadas de cuidados e apoios estão em grande parte nos lares ilegais deste país. Longe de qualquer avaliação ou fiscalização, sofrendo com a incompetência de serviços públicos criados para os defender e encharcados de burocracia e lista de conformidades só utilizadas nas ofertas privadas legalizadas. Serviços de segurança social incapazes e demasiado comprometidos com as estratégias politicas e as instituições seculares que só continuam a estar impunes por esses compromissos.
As pessoas idosas em lares de idosos ilegais estão à sua sorte. Os filhos por mais vontade que tenham, têm familias. Por mais bondade, amor, gratidão que possam ter, têm que a dividir com as dificuldades de criarem os seus próprios filhos. Aqui as pessoas idosas são uma chatice, um fardo. Exigem dinheiro mas acima de tudo disponibilidade, acompanhamento.

A única solução que encontram é o Lar. E a única solução que encontram e que se enquadra nas suas capacidades financeiras é o Lar ilegal.

Lar ilegal onde se bate, se amarra, se repreende, se utilizam processos de represália. Lares onde em quartos de duas pessoas, dormem cinco ou seis. Lar com duas casas de banho domésticas para trinta pessoas. Lares que nascem como cogumelos tal a impunidade e a frieza da segurança social justificando-se que não pode intervir porque perante a lei não existem!

Lares onde trabalham médicos e enfermeiros e assistentes sociais inscritos nas respectivas ordens profissionais. Como é possível trabalhar num serviço ilegal? Será que os que se dedicam a tráfico de armas e de pessoas também têm enfermeiro e médico? Que ética é esta que permite situações tão cruéis como estas?

Há quem diga que há lares ilegais melhores do que lares legais. É falso, é esconder o sol com uma peneira.

É verdade que grande parte dos filhos vai uma vez por semana ao lar e mesmo que vá todos os dias é incapaz de reconhecer as diferenças de um lar legal para um lar ilegal. Porque as diferenças para aquilo que ele vê não são significativas: Vê pessoas a cuidarem dos pais mas não consegue perceber que duas pessoas não conseguem cuidar de trinta pessoas idosas. Não consegue perceber que a mesma pessoa que ele vê quando vai ao lar a dar comer ao pai é também a que fez a comer, a que lhe fez a higiene e a que limpou o lar e a sanita, que não muda de luvas de pessoa para pessoa, que não tem e não sabe prevenir uma ferida e que, no fundo é só ela e outra naquele lar.

Que diferença faz estar num lar legal que tem que ter prevenção de incêndios, tratamento de lixos infectados, medicina do trabalho, cumprir a legislação laboral, normas rigorosas para tratamento e manuseamento de alimentação, quadro de pessoal de acordo com as cargas de trabalho, processos de registo individual dos residentes, registos de enfermagem e médicos que possam ser consultados e avaliados, tratamento de óleos alimentares, registo de limpezas por sectores, regras para acondicionamento de produtos químicos e alimentares, planos de formação para os seus colaboradores, etc.?

Quando vai ao lar apenas que ver o pai ou a mãe sem chorar…, sem marcas visíveis de agressão. Não consegue avaliar como é que uma auxiliar consegue deitar trinta pessoas, posicioná-las durante a noite, mudar-lhes fraldas, acorrer a uma queda ou a outra situação. Não consegue perceber porque não quer pensar nisso.

A Associação Amigos da Grande Idade quer que este ano de 2020 seja um ano em que não se deixem esquecidas as pessoas idosas que necessitam de cuidados, que dependem de nós, os mais capazes.

É intenção da Associação Amigos da Grande Idade lançar durante o ano, uma petição para a discussão na Assembleia da Republica deste flagelo da ilegalidade, do crime e da indignidade nos “cuidados” a pessoas idosas em Portugal.

Bom ano 2020
Presidente da Direcção
Rui Fontes

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