Portugal mais velho
O Presidente da AAGI foi convidado a fazer parte do projecto “Portugal mais velho” da APAV em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian. Este projecto inclui vários grupos de trabalho e pretende compreender as situações críticas que dizem respeito às Pessoas idosas mais dependentes.
A AAGI, através do seu Presidente, integra o subgrupo 3 que se debruça sobre Cuidadores/as e a primeira reunião realizou-se no passado dia 21 de Maio.
Fazem parte deste subgrupo Alexandre Castro Caldas; Anabela Salgueiro, António Fonseca; Cristina de Freitas, Graça Melo e Silva; Helena Falcão, Isabel Sérgio, Mafalda Ferreira, Maria Fernanda Farinha, Maria João Núncio, Marta Carmo, Patrícia Rodrigues; Pedro Cardoso, Rosário Sobral e Rui Fontes.
Nesta primeira reunião, realizada na sede da APAV, foi feita a apresentação individual de cada um dos participantes, discutida a terminologia a adoptar para cuidadores e as principais dificuldades dos prestadores de cuidados a pessoas idosas.
A AAGI congratula-se por algumas das conclusões estão de acordo com as mais antigas preocupações da Associação.
Destacamos a observação feita ao modelo de comparticipação, reconhecendo que a institucionalização é mais comparticipada que a permanência no domicílio e os cuidados ai prestados desenvolvendo uma intervenção que tende a disfuncionalizar e a beneficiar a dependência e não a funcionalidade como se deseja e como acontece em países mais desenvolvidos.
Também o modelo de actuação das Instituições que é dirigido essencialmente à doença e incapacidade e não á prevenção faz parte das preocupações do grupo.
A falta de formação nos cargos de gestão das Instituições e entidades, bem como a intervenção na gestão virada exclusivamente para a sobrevivência financeira, anulando preocupações directas com as pessoas foi também objecto de observação.
Finalmente foi referenciado o desajustamento da fiscalização por parte da segurança social e defendida a necessidade de avaliação criteriosa, com classificação pública dos serviços e cuidados destinados a pessoas idosas.
Estas preocupações fazem parte de diversos documentos da AAGI que encontra agora mais um agente de grande relevância nacional, a APAV e Fundação Calouste Gulbenkian, para trilhar o caminho que mudará o envelhecimento e os cuidados a esse envelhecimento em Portugal.
A Associação deseja que este grupo não fique apenas pelas intenções mas que se torne um verdadeiro agente influenciador das entidades publicas que lideram a área social.